Estes são os 5 modais
básicos para os deslocamentos de objetos e cargas.
A área de transporte brasileiro acarreta grandes
limitações para o crescimento e expansão da economia brasileira. Essa
deterioração está fundamentada nos investimentos insuficientes em infraestrutura,
pelo menos nas duas últimas décadas. Hoje, são necessárias providências
imediatas, pois com o bom desempenho do mercado de cargas pesadas a que país venha
tendo, é notória a necessidade urgente de se investir no transporte aéreo, nas
rodovias, ferrovias e hidrovias e autovias.
Modal
Rodoviário
É o mais expressivo no
transporte de cargas no Brasil, atingindo praticamente todos os pontos do
território nacional, pois desde a década de 50 com a implantação da indústria
automobilística e a pavimentação das rodovias, esse modo se expandiu de tal
forma que hoje é o mais procurado. Difere do ferroviário, pois se destina
principalmente ao transporte de curtas distâncias de produtos acabados e
semiacabados. Por via de regra, apresenta preços de frete mais elevados do que
os modais ferroviário e hidroviário, portanto sendo recomendado para
mercadorias de alto valor ou perecíveis. Não é recomendado para produtos
agrícolas a granel, cujo custo é muito baixo para este modal. Em relação aos
serviços, além da distinção entre transportadoras regulares e frota privada,
existem também transportadores contratados e isentos. Quando os clientes
desejam obter um serviço mais adequado as suas necessidades, isentando-se de
despesas de capital ou problemas administrativos associados à frota própria,
estes se utilizam de transportadores contratados. Este é o mais utilizado no
país apesar de elevado custo operacional. É feito por rodovias, estradas, ruas
e outros, transporta objetos pequenos, pessoas, animais, etc. Tem grandes
vantagens como a adequação para curtas e médias distancias, menor exigência de
embalagens, agilidade, flexibilidade operacional. Porém apresenta desvantagens,
pois pode aumentar o preço conforme a distância, seu espaço é mais limitado,
sujeito ao congestionamento do trânsito e a encomendado pode não chegar na hora
combinada.
Exemplo de modais
rodoviários: Carros, motos, ônibus, etc.…
Modal
Ferroviário
A malha ferroviária
brasileira possui aproximadamente 29.000 km e no Estado de São Paulo cerca de
5.400 km. O processo de privatização do sistema iniciou-se em 1996, e as
empresas que adquiriram as concessões de operação desta malha, assumiram com
grandes problemas estruturais. A transferência da operação das ferrovias para o
setor privado foi fundamental para que esse setor voltasse a operar. As
empresas que operam a malha ferroviária brasileira são:
ALL – América
Latina Logística,
CFN – Companhia
Ferroviária do Nordeste,
CVRD/EFC – Cia. Vale do
Rio Doce – Estrada de Ferro Carajás,
CVRD/EFVM – Cia. Vale
do Rio Doce - Estrada de Ferro Vitória Minas,
FCA - Ferrovia Centro
Atlântica,
Ferroban - Ferrovia
Bandeirantes,
Ferronorte – Ferrovias
Norte Brasil
Ferropar – Ferrovias do
Paraná
FTC - Ferrovia Tereza
Cristina,
MRS Logística,
Ferrovia Novoeste,
Ferrovia Norte-Sul, *
Portofer**,
* Norte-Sul –
administrada pelo governo federal
** Portofer –
administra a malha ferroviária do Porto de Santos
Vantagens:
Adequado para longas distâncias e grandes quantidades.: Menor custo de seguro;
.: Menor custo de frete.
Desvantagens:
Diferença na largura de bitolas. Menor flexibilidade no trajeto; :. Necessidade
maior de transporto
No Brasil, o transporte
ferroviário é utilizado principalmente no deslocamento de grandes tonelagens de
produtos homogêneos, ao longo de distâncias relativamente longas. Como exemplo
destes produtos está os minérios (de ferro, de manganês), carvões minerais,
derivados de petróleo e cereais em grão, que são transportados a granel. No
entanto, em países como a Europa, por exemplo, a ferrovia cobre um aspecto
muito mais amplo de fluxos. Como exemplos de meios de transporte ferroviário,
pode-se citar o transporte com vagões, containers ferroviários (1 a 5
toneladas) e transporte ferroviário de semirreboques rodoviário (piggyback).
Segundo Ballou (1993:127) existem duas formas de serviço ferroviário, o
transportador regular e o privado. Um transportador regular presta serviços
para qualquer usuário, sendo regulamentado em termos econômicos e de segurança
pelo governo. Já o transportador privado pertence a um usuário particular, que
o utiliza em exclusividade. Com relação aos custos, o modo ferroviário
apresenta altos custos fixos em equipamentos, terminais e vias férreas entre
outros. Porém, seu custo variável é baixo. Embora o custo do transporte
ferroviário seja inferior ao rodoviário, este ainda não é amplamente utilizado
no Brasil, como o modo de transporte rodoviário. Isto se deve a problemas de
infraestrutura e a falta de investimentos nas ferrovias. Os
ferroviários transportam quantidades maiores, não estando sujeito a congestionamentos,
que apesar de ser mais barato, diferentemente de outros modais não é tão ágil.
Frete Ferroviário
O transporte
ferroviário não é tão ágil e não possui tantas vias de acesso quanto o
rodoviário, porém é mais barato, propiciando menor frete, transporta
quantidades maiores e não está sujeito a riscos de congestionamentos. O frete
ferroviário é baseado em dois fatores: quilometragem percorrida: distância
entre as estações de embarque e desembarque; : peso da mercadoria. O frete
ferroviário é calculado por meio da multiplicação da tarifa ferroviária pelo
peso ou volume, utilizando-se aquele que proporcionar maior valor. O frete também
pode ser calculado pela unidade de contêiner, independente do tipo de carga,
peso ou valor da mercadoria. Não incidem taxas de armazenagem, manuseio ou
qualquer outra. Podem ser cobradas taxa de estadia do vagão.
Modal
Aeroviário:
A grande característica do aeroviário é
a alta taxa de frete e as dimensões físicas dos porões de carga dos aviões.
Transporta itens com pouco volume e alto valor agregado como eletrônicos instrumentos
óticos e materiais frágeis. A grande vantagem do aeroviário é a velocidade em
grandes distâncias. A variabilidade é baixa no quesito confiabilidade. Transporte
adequado para mercadorias de alto valor, ou seja, objetos caros como pedras
preciosas, joias, documentos, nos quais necessitem de urgência para serem entregues.
As
vantagens desse modal seria a rapidez e segurança na
locomoção das cargas, otimizando custos com embalagens e estocagens de
materiais e mercadorias perecíveis. As desvantagens
Menor capacidade de carga, Valor do frete mais elevado em relação aos outros
modais.
Frete A base de cálculo
do frete aéreo é obtida por meio do peso ou do volume da mercadoria, sendo
considerado aquele que proporcionar o maior valor. Para saber se devemos
considerar o peso ou o volume, a IATA (International Air Transport Association)
estabeleceu a seguinte relação:
Relação IATA
(peso/volume): 1 kg = 6000 cm³ ou 1 ton = 6 m³ Por exemplo: no caso de um peso
de 1 kg acondicionado em um volume maior que 6000 cm³, consideramos-se o volume
como base de cálculo do frete, caso contrário, considera-se o peso.
Curiosidade: Apesar de
parecer que são poucos, no estado de São Paulo existem hoje 32 aeroportos, com
5 deles administrados pela INFRAERO: Congonhas, Campo de marte, Guarulhos, São
José dos campos e Viracopos.
A
IATA
é uma entidade internacional que congrega grande parte das transportadoras
aéreas do mundo, cujo objetivo é conhecer, estudar e procurar dar solução aos
problemas técnicos, administrativos, econômicos ou políticos surgidos com o
desenvolvimento do transporte aéreo. As tarifas, baseadas em rotas, tráfegos e
custos, são estabelecidas no âmbito da IATA pelas empresas aéreas, para serem
cobradas uniformemente, conforme as classificações seguintes: • tarifa geral de
carga (general cargo rates): • normal: aplicada aos transportes de até 45 kg; •
tarifa de quantidade: para pesos superiores a 45 kg; • tarifa classificada
(class rates): percentual adicionado ou deduzido da tarifa geral, conforme
o caso, quando do transporte de mercadorias específicas (produtos perigosos,
restos mortais e urnas, animais vivos, jornais e periódicos e cargas de valor,
assim consideradas aquelas acima de US$ 1000/kg), apurados no aeroporto de
carga; • tarifas específicas de carga (specific commodity rates): são tarifas
reduzidas aplicáveis a determinas mercadorias, entre dois pontos determinados
(transporte regular). Possuem peso mínimo; • tarifas ULD (Unit Load Device):
transporte de unidade domicílio a domicílio, aplicável a cargas unitizadas, em
que o carregamento e o descarregamento das unidades ficam por conta de
remetente e destinatário (prevista a cobrança de multa por atraso por dia ou
fração até que a unitização esteja concluída); • tarifa mínima: representa o
valor mínimo a ser pago pelo embarcador. Não é classificada pela IATA.
Modal
Hidrovia ou Marítimo
Exige a utilização de
outro modal auxiliar de transporte combinadamente; é mais lento que a ferrovia,
sofre forte influência das condições meteorológicas e necessita de margens
navegáveis. Transporte através de barcos, navios, entre outros, via oceano, mares
(marítimo), rios (fluvial), lagos (lacustre), etc.… Este meio necessita de
outro modal para auxilio (intermodalidade), pois é lento, além de sofrer
influências meteorológicas. Usado para transportar principalmente granéis,
minérios, ferro, grãos, areia, e outros, de baixo valor agregado e que não seja
perecível. Transportam principalmente granéis como carvão, minérios, cascalho,
areia, petróleo, ferro, grãos, entre outros. Trabalha com itens de baixo valor
agregado e não perecível.
O transporte marítimo é
o modal mais utilizado no comércio internacional ou longo curso refere-se ao
transporte marítimo internacional. Inclui tanto os navios que realizam tráfego
regular, pertencentes a Conferências de Frete, Acordos Bilaterais e os
outsiders, como aqueles de rota irregular, os “tramps”.
Vantagens
Maior capacidade de
carga;
Carrega qualquer tipo
de carga Distância dos centros de produção;
Menor custo de
transporte.
Desvantagens
Distância dos centros
de produção
Necessidade de
transbordo nos portos;
Maior exigência de
embalagens;
Menor flexibilidade nos
serviços aliado a frequentes congestionamentos nos portos
Frete
Marítimo
A tarifa do frete
marítimo é composta basicamente dos seguintes itens: - frete básico: valor
cobrado segundo o peso ou o volume da mercadoria (cubagem), prevalecendo sempre
o que propiciar maior receita ao armador; - ad-valorem: percentual que incide
sobre o valor FOB da mercadoria. Aplicado normalmente quando esse valor
corresponder a mais de US$ 1000 por tonelada. Pode substituir o frete básico ou
complementar seu valor; - sobretaxa de combustível (bunker surchage):
percentual aplicado sobre o frete básico, destinado a cobrir custos com
combustível; - taxa para volumes pesados (heavy lift charge): valor de moeda
atribuído às cargas cujos volumes individuais, excessivamente pesados
(normalmente acima de 1500 kg), exijam condições especiais para
embarque/desembarque ou acomodação no navio; - taxa para volumes com grandes
dimensões (extra length charge): aplicada geralmente a mercadorias com
comprimento superior a 12 metros; sobretaxa de congestionamento
(port congestion surchage): incide sobre o frete básico, para portos onde
existe demora em atracação dos navios; - fator de ajuste cambial - CAF
(currency adjustment factor): utilizado para moedas que se desvalorizam
sistematicamente em relação ao dólar norte-americano; - adicional de porto:
taxa cobrada quando a mercadoria tem como origem ou destino algum porto
secundário ou fora da rota.
Alguns Tipos de Navios:
Cargueiros - são navios
construídos para o transporte de carga geral, ou seja, carga acondicionada.
Normalmente, seus porões são divididos horizontalmente, formando o que poderíamos
chamar de prateleiras (conveses), onde diversos tipos de cargas podem ser
estivados ou acomodados para o transporte. A fim de diferenciá-los dos navios
destinados ao transporte de mercadorias específicas, são também chamados de
navios convencionais. Porta-Container- são navios especializados, utilizados
exclusivamente para transportar contêineres, dispondo de espaços celulares. Os
contêineres são movimentados com equipamento de bordo ou de terra. As unidades
são transportadas
tanto nas células como no convés. Roll-on/Roll-off (Ro-Ro) - são navios
especiais para o transporte de veículos, carretas ou trailers. Dispõem de
rampas na proa, popa e/ou na lateral, por onde a carga sobre rodas se desloca
para entrar ou sair da embarcação. Internamente possuem rampas e elevadores que
interligam os diversos conveses. Multipurpose - são navios projetados para
linhas regulares para transportarem cargas diversas como: neo-granéis (aço,
tubos etc.) e contêineres, embora também possam ser projetados para o
transporte de granéis líquidos em adição a outras formas de acondicionamento
como granéis sólidos e contêineres. Graneleiros - são navios destinados apenas
ao transporte de granéis sólidos. Seus porões, além de não possuírem divisões,
têm cantos arredondados, o que facilita a estiva da carga. A maioria desses
navios opera como “tramp”, isto é, sem linhas regulares. Considerando que
transportam mercadorias de baixo valor, devem ter baixo custo operacional. A
sua velocidade é inferior à dos cargueiros. Cabotagem - A cabotagem
inclui todo o transporte marítimo realizado ao longo da costa brasileira. No
meio marítimo ouve-se falar também em “grande cabotagem” o que se refere ao
transporte marítimo realizado ao longo da costa até os países vizinhos, mas, em
termos oficiais, sempre quando se fala de cabotagem refere-se ao transporte
realizado ao longo da costa brasileira do Rio Grande do Sul até Manaus. Segundo
armadores e usuários, o maior problema da cabotagem está na regulamentação, nos
impostos e na infraestrutura portuária. Atualmente três empresas realizam o
transporte de cabotagem: Aliança, Docenave e MERCOSUL Line.
Modal
Dutoviário: Utilizado em movimentos de petróleo,
derivados e gás. Custo baixo de movimentação, oferece linha de produto limitada.
Trata-se
de uma modalidade antiga na área dos equipamentos urbanos, em especial na
adução e distribuição de água à população e na captação e deposição de esgotos
domiciliares.
Seria aquele efetuado
no interior de uma linha de tubos ou dutos, que são tubulações especialmente
desenvolvidas e construídas de acordo com normas internacionais de segurança,
para transportar petróleo e seus derivados, álcool, gás e produtos químicos
diversos por distâncias especialmente longas, sendo então denominados como
oleodutos e gasodutos.
Vantagens:
- Permite deslocamento
de grandes quantidades de maneira segura;
- Dispensam armazenamento;
- Menores possibilidades de roubo;
A grande desvantagem
deste último modal é que qualquer rompimento pode causar acidentes ambientais,
além de exigirem altos custos de implantação.
PARTICIPAÇÃO DAS VÁRIAS
MODALIDADES DE TRANSPORTE NA CARGA TRANSPORTADA EM ALGUNS PAÍSES:
Modais de Transporte:
Portos
Brasil - rodoviário:
mais de 75%hidroviário: 7%França - rodoviário: 28%EUA - rodoviário: 25%Japão -
rodoviário: 20%Alemanha - rodoviário: 18%Ex - União Soviética - rodoviário: 4%
Referências
Bibliográficas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transporte_multimodal
http://www.fiesp.com.br/infra-estrutura/pdf/modais-transporte.pdf
http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/06/semp.htm
http://clikaki.com.br/modais-de-transportes/
http://www.infoescola.com/administracao_/logistica-modais-de-transporte/
http://tecspace.com.br/paginas/aula/mdt/artigo01-MDL.pdf
30/09/2012.
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