sábado, 17 de maio de 2014

Modais de Transportes usados no Brasil



Estes são os 5 modais básicos para os deslocamentos de objetos e cargas.

A área de transporte brasileiro acarreta grandes limitações para o crescimento e expansão da economia brasileira. Essa deterioração está fundamentada nos investimentos insuficientes em infraestrutura, pelo menos nas duas últimas décadas. Hoje, são necessárias providências imediatas, pois com o bom desempenho do mercado de cargas pesadas a que país venha tendo, é notória a necessidade urgente de se investir no transporte aéreo, nas rodovias, ferrovias e hidrovias e autovias.

Modal Rodoviário

É o mais expressivo no transporte de cargas no Brasil, atingindo praticamente todos os pontos do território nacional, pois desde a década de 50 com a implantação da indústria automobilística e a pavimentação das rodovias, esse modo se expandiu de tal forma que hoje é o mais procurado. Difere do ferroviário, pois se destina principalmente ao transporte de curtas distâncias de produtos acabados e semiacabados. Por via de regra, apresenta preços de frete mais elevados do que os modais ferroviário e hidroviário, portanto sendo recomendado para mercadorias de alto valor ou perecíveis. Não é recomendado para produtos agrícolas a granel, cujo custo é muito baixo para este modal. Em relação aos serviços, além da distinção entre transportadoras regulares e frota privada, existem também transportadores contratados e isentos. Quando os clientes desejam obter um serviço mais adequado as suas necessidades, isentando-se de despesas de capital ou problemas administrativos associados à frota própria, estes se utilizam de transportadores contratados. Este é o mais utilizado no país apesar de elevado custo operacional. É feito por rodovias, estradas, ruas e outros, transporta objetos pequenos, pessoas, animais, etc. Tem grandes vantagens como a adequação para curtas e médias distancias, menor exigência de embalagens, agilidade, flexibilidade operacional. Porém apresenta desvantagens, pois pode aumentar o preço conforme a distância, seu espaço é mais limitado, sujeito ao congestionamento do trânsito e a encomendado pode não chegar na hora combinada.

Exemplo de modais rodoviários: Carros, motos, ônibus, etc.…

Modal Ferroviário

A malha ferroviária brasileira possui aproximadamente 29.000 km e no Estado de São Paulo cerca de 5.400 km. O processo de privatização do sistema iniciou-se em 1996, e as empresas que adquiriram as concessões de operação desta malha, assumiram com grandes problemas estruturais. A transferência da operação das ferrovias para o setor privado foi fundamental para que esse setor voltasse a operar. As empresas que operam a malha ferroviária brasileira são:

ALL – América Latina Logística,

CFN – Companhia Ferroviária do Nordeste,

CVRD/EFC – Cia. Vale do Rio Doce – Estrada de Ferro Carajás,

CVRD/EFVM – Cia. Vale do Rio Doce - Estrada de Ferro Vitória Minas,

FCA - Ferrovia Centro Atlântica,

Ferroban - Ferrovia Bandeirantes,

Ferronorte – Ferrovias Norte Brasil

Ferropar – Ferrovias do Paraná

FTC - Ferrovia Tereza Cristina,

MRS Logística,

Ferrovia Novoeste,

Ferrovia Norte-Sul, *

Portofer**,

* Norte-Sul – administrada pelo governo federal

** Portofer – administra a malha ferroviária do Porto de Santos

Vantagens: Adequado para longas distâncias e grandes quantidades.: Menor custo de seguro; .: Menor custo de frete.

Desvantagens: Diferença na largura de bitolas. Menor flexibilidade no trajeto; :. Necessidade maior de transporto

No Brasil, o transporte ferroviário é utilizado principalmente no deslocamento de grandes tonelagens de produtos homogêneos, ao longo de distâncias relativamente longas. Como exemplo destes produtos está os minérios (de ferro, de manganês), carvões minerais, derivados de petróleo e cereais em grão, que são transportados a granel. No entanto, em países como a Europa, por exemplo, a ferrovia cobre um aspecto muito mais amplo de fluxos. Como exemplos de meios de transporte ferroviário, pode-se citar o transporte com vagões, containers ferroviários (1 a 5 toneladas) e transporte ferroviário de semirreboques rodoviário (piggyback). Segundo Ballou (1993:127) existem duas formas de serviço ferroviário, o transportador regular e o privado. Um transportador regular presta serviços para qualquer usuário, sendo regulamentado em termos econômicos e de segurança pelo governo. Já o transportador privado pertence a um usuário particular, que o utiliza em exclusividade. Com relação aos custos, o modo ferroviário apresenta altos custos fixos em equipamentos, terminais e vias férreas entre outros. Porém, seu custo variável é baixo. Embora o custo do transporte ferroviário seja inferior ao rodoviário, este ainda não é amplamente utilizado no Brasil, como o modo de transporte rodoviário. Isto se deve a problemas de infraestrutura e a falta de investimentos nas ferrovias. Os ferroviários transportam quantidades maiores, não estando sujeito a congestionamentos, que apesar de ser mais barato, diferentemente de outros modais não é tão ágil.

 Frete Ferroviário

O transporte ferroviário não é tão ágil e não possui tantas vias de acesso quanto o rodoviário, porém é mais barato, propiciando menor frete, transporta quantidades maiores e não está sujeito a riscos de congestionamentos. O frete ferroviário é baseado em dois fatores: quilometragem percorrida: distância entre as estações de embarque e desembarque; : peso da mercadoria. O frete ferroviário é calculado por meio da multiplicação da tarifa ferroviária pelo peso ou volume, utilizando-se aquele que proporcionar maior valor. O frete também pode ser calculado pela unidade de contêiner, independente do tipo de carga, peso ou valor da mercadoria. Não incidem taxas de armazenagem, manuseio ou qualquer outra. Podem ser cobradas taxa de estadia do vagão.

Modal Aeroviário:
A grande característica do aeroviário é a alta taxa de frete e as dimensões físicas dos porões de carga dos aviões. Transporta itens com pouco volume e alto valor agregado como eletrônicos instrumentos óticos e materiais frágeis. A grande vantagem do aeroviário é a velocidade em grandes distâncias. A variabilidade é baixa no quesito confiabilidade. Transporte adequado para mercadorias de alto valor, ou seja, objetos caros como pedras preciosas, joias, documentos, nos quais necessitem de urgência para serem entregues.

As vantagens desse modal seria a rapidez e segurança na locomoção das cargas, otimizando custos com embalagens e estocagens de materiais e mercadorias perecíveis. As desvantagens Menor capacidade de carga, Valor do frete mais elevado em relação aos outros modais.

Frete A base de cálculo do frete aéreo é obtida por meio do peso ou do volume da mercadoria, sendo considerado aquele que proporcionar o maior valor. Para saber se devemos considerar o peso ou o volume, a IATA (International Air Transport Association) estabeleceu a seguinte relação:

Relação IATA (peso/volume): 1 kg = 6000 cm³ ou 1 ton = 6 m³ Por exemplo: no caso de um peso de 1 kg acondicionado em um volume maior que 6000 cm³, consideramos-se o volume como base de cálculo do frete, caso contrário, considera-se o peso.

Curiosidade: Apesar de parecer que são poucos, no estado de São Paulo existem hoje 32 aeroportos, com 5 deles administrados pela INFRAERO: Congonhas, Campo de marte, Guarulhos, São José dos campos e Viracopos.

A IATA é uma entidade internacional que congrega grande parte das transportadoras aéreas do mundo, cujo objetivo é conhecer, estudar e procurar dar solução aos problemas técnicos, administrativos, econômicos ou políticos surgidos com o desenvolvimento do transporte aéreo. As tarifas, baseadas em rotas, tráfegos e custos, são estabelecidas no âmbito da IATA pelas empresas aéreas, para serem cobradas uniformemente, conforme as classificações seguintes: • tarifa geral de carga (general cargo rates): • normal: aplicada aos transportes de até 45 kg; • tarifa de quantidade: para pesos superiores a 45 kg; • tarifa classificada (class rates): percentual adicionado ou deduzido da tarifa geral, conforme o caso, quando do transporte de mercadorias específicas (produtos perigosos, restos mortais e urnas, animais vivos, jornais e periódicos e cargas de valor, assim consideradas aquelas acima de US$ 1000/kg), apurados no aeroporto de carga; • tarifas específicas de carga (specific commodity rates): são tarifas reduzidas aplicáveis a determinas mercadorias, entre dois pontos determinados (transporte regular). Possuem peso mínimo; • tarifas ULD (Unit Load Device): transporte de unidade domicílio a domicílio, aplicável a cargas unitizadas, em que o carregamento e o descarregamento das unidades ficam por conta de remetente e destinatário (prevista a cobrança de multa por atraso por dia ou fração até que a unitização esteja concluída); • tarifa mínima: representa o valor mínimo a ser pago pelo embarcador. Não é classificada pela IATA.

Modal Hidrovia ou Marítimo

Exige a utilização de outro modal auxiliar de transporte combinadamente; é mais lento que a ferrovia, sofre forte influência das condições meteorológicas e necessita de margens navegáveis. Transporte através de barcos, navios, entre outros, via oceano, mares (marítimo), rios (fluvial), lagos (lacustre), etc.… Este meio necessita de outro modal para auxilio (intermodalidade), pois é lento, além de sofrer influências meteorológicas. Usado para transportar principalmente granéis, minérios, ferro, grãos, areia, e outros, de baixo valor agregado e que não seja perecível. Transportam principalmente granéis como carvão, minérios, cascalho, areia, petróleo, ferro, grãos, entre outros. Trabalha com itens de baixo valor agregado e não perecível.

O transporte marítimo é o modal mais utilizado no comércio internacional ou longo curso refere-se ao transporte marítimo internacional. Inclui tanto os navios que realizam tráfego regular, pertencentes a Conferências de Frete, Acordos Bilaterais e os outsiders, como aqueles de rota irregular, os “tramps”.

Vantagens

Maior capacidade de carga;

Carrega qualquer tipo de carga Distância dos centros de produção;

Menor custo de transporte.

Desvantagens

Distância dos centros de produção

Necessidade de transbordo nos portos;

Maior exigência de embalagens;

Menor flexibilidade nos serviços aliado a frequentes congestionamentos nos portos

Frete Marítimo

A tarifa do frete marítimo é composta basicamente dos seguintes itens: - frete básico: valor cobrado segundo o peso ou o volume da mercadoria (cubagem), prevalecendo sempre o que propiciar maior receita ao armador; - ad-valorem: percentual que incide sobre o valor FOB da mercadoria. Aplicado normalmente quando esse valor corresponder a mais de US$ 1000 por tonelada. Pode substituir o frete básico ou complementar seu valor; - sobretaxa de combustível (bunker surchage): percentual aplicado sobre o frete básico, destinado a cobrir custos com combustível; - taxa para volumes pesados (heavy lift charge): valor de moeda atribuído às cargas cujos volumes individuais, excessivamente pesados (normalmente acima de 1500 kg), exijam condições especiais para embarque/desembarque ou acomodação no navio; - taxa para volumes com grandes dimensões (extra length charge): aplicada geralmente a mercadorias com comprimento superior a 12 metros; sobretaxa de congestionamento (port congestion surchage): incide sobre o frete básico, para portos onde existe demora em atracação dos navios; - fator de ajuste cambial - CAF (currency adjustment factor): utilizado para moedas que se desvalorizam sistematicamente em relação ao dólar norte-americano; - adicional de porto: taxa cobrada quando a mercadoria tem como origem ou destino algum porto secundário ou fora da rota.

Alguns Tipos de Navios:

Cargueiros - são navios construídos para o transporte de carga geral, ou seja, carga acondicionada. Normalmente, seus porões são divididos horizontalmente, formando o que poderíamos chamar de prateleiras (conveses), onde diversos tipos de cargas podem ser estivados ou acomodados para o transporte. A fim de diferenciá-los dos navios destinados ao transporte de mercadorias específicas, são também chamados de navios convencionais. Porta-Container- são navios especializados, utilizados exclusivamente para transportar contêineres, dispondo de espaços celulares. Os contêineres são movimentados com equipamento de bordo ou de terra. As unidades são transportadas tanto nas células como no convés. Roll-on/Roll-off (Ro-Ro) - são navios especiais para o transporte de veículos, carretas ou trailers. Dispõem de rampas na proa, popa e/ou na lateral, por onde a carga sobre rodas se desloca para entrar ou sair da embarcação. Internamente possuem rampas e elevadores que interligam os diversos conveses. Multipurpose - são navios projetados para linhas regulares para transportarem cargas diversas como: neo-granéis (aço, tubos etc.) e contêineres, embora também possam ser projetados para o transporte de granéis líquidos em adição a outras formas de acondicionamento como granéis sólidos e contêineres. Graneleiros - são navios destinados apenas ao transporte de granéis sólidos. Seus porões, além de não possuírem divisões, têm cantos arredondados, o que facilita a estiva da carga. A maioria desses navios opera como “tramp”, isto é, sem linhas regulares. Considerando que transportam mercadorias de baixo valor, devem ter baixo custo operacional. A sua velocidade é inferior à dos cargueiros. Cabotagem - A cabotagem inclui todo o transporte marítimo realizado ao longo da costa brasileira. No meio marítimo ouve-se falar também em “grande cabotagem” o que se refere ao transporte marítimo realizado ao longo da costa até os países vizinhos, mas, em termos oficiais, sempre quando se fala de cabotagem refere-se ao transporte realizado ao longo da costa brasileira do Rio Grande do Sul até Manaus. Segundo armadores e usuários, o maior problema da cabotagem está na regulamentação, nos impostos e na infraestrutura portuária. Atualmente três empresas realizam o transporte de cabotagem: Aliança, Docenave e MERCOSUL Line.

Modal Dutoviário: Utilizado em movimentos de petróleo, derivados e gás. Custo baixo de movimentação, oferece linha de produto limitada. Trata-se de uma modalidade antiga na área dos equipamentos urbanos, em especial na adução e distribuição de água à população e na captação e deposição de esgotos domiciliares.

Seria aquele efetuado no interior de uma linha de tubos ou dutos, que são tubulações especialmente desenvolvidas e construídas de acordo com normas internacionais de segurança, para transportar petróleo e seus derivados, álcool, gás e produtos químicos diversos por distâncias especialmente longas, sendo então denominados como oleodutos e gasodutos.
Vantagens:

- Permite deslocamento de grandes quantidades de maneira segura;

 - Dispensam armazenamento;

 - Menores possibilidades de roubo;

A grande desvantagem deste último modal é que qualquer rompimento pode causar acidentes ambientais, além de exigirem altos custos de implantação.
PARTICIPAÇÃO DAS VÁRIAS MODALIDADES DE TRANSPORTE NA CARGA TRANSPORTADA EM ALGUNS PAÍSES:

Modais de Transporte: Portos

Brasil - rodoviário: mais de 75%hidroviário: 7%França - rodoviário: 28%EUA - rodoviário: 25%Japão - rodoviário: 20%Alemanha - rodoviário: 18%Ex - União Soviética - rodoviário: 4%

Referências Bibliográficas

http://pt.wikipedia.org/wiki/Transporte_multimodal

http://www.fiesp.com.br/infra-estrutura/pdf/modais-transporte.pdf

http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/06/semp.htm

http://clikaki.com.br/modais-de-transportes/

http://www.infoescola.com/administracao_/logistica-modais-de-transporte/

http://tecspace.com.br/paginas/aula/mdt/artigo01-MDL.pdf
em 30/09/2012.


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